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Sumaré,17/04/2025

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Conheça o Autor Denis Amaral e Seu Romance de Estreia, "Mesa para Dois"

Uma História de Autoconhecimento, Memórias e Música

Evelyn Ruani
Conheça o Autor Denis Amaral e Seu Romance de Estreia,

MESA PARA DOIS

Entrevista com o autor Denis Amaral

@denisamaral_autor



Por EVELYN RUANI

Coordenadora Técnica Educacional das Bibliotecas Escolares do SESI-SP, criadora de conteúdos literários e leitora compulsiva! Apaixonada por livros e palavras. 


SERVIÇO

Blog: http://blogentreaspas.com

Instagram: @blog_entreaspas

Email: entreaspasb@gmail.com




Denis Amaral nasceu em Piracicaba e se formou em engenharia. Tem a música como fio condutor de sua vida, e a nostalgia como refúgio. Se apaixonou por literatura quando trabalhou como executivo no mercado de livros. Mesa para dois é o seu romance de estreia. 


Vem comigo conhecer um pouco mais sobre esse autor e sua obra: 


Mesa para Dois é o seu romance de estreia. Como surgiu a ideia para essa história e quais foram suas principais inspirações?

O livro surgiu originalmente como uma sequência de crônicas, todas pautadas nas pequenas tragédias familiares pelas quais todos nós passamos, e no autoconhecimento (um tema que me encanta desde sempre). Por causa de uma demissão em massa, minha interação com o mercado literário havia terminado, e eu precisava de algo pra manter aquela paixão viva, que eventualmente me ajudasse não só a encontrar meu caminho de volta para essa indústria, como também a não enlouquecer enquanto procurava um emprego. Com o tempo, fui percebendo que as crônicas, na verdade, eram todas relacionadas. Eu tinha duas opções: escrever um livro em formato biográfico, ou criar um enredo que permitisse ao protagonista olhar para dentro de si e para seu passado - e contar essas histórias de uma forma encadeada. Aí entra o ambiente da pandemia e os principais eventos de Mesa para dois.


O livro traz a pandemia e o isolamento social como contexto histórico. Como foi o processo de incorporar esse período tão marcante na narrativa?

A pandemia foi um momento sombrio da humanidade. Tive muita dificuldade em colocar os elementos sutis desse período no enredo, e de não fazer os problemas do protagonista parecerem infantis perto da gravidade do que estava acontecendo ao seu redor. Acredito ter conseguido trazer esse equilíbrio, mas definitivamente foi um processo de muita insegurança.


O protagonista, Nicolas, embarca em uma jornada de autoconhecimento e confronto com o passado. Há elementos autobiográficos nessa trajetória?

Acho que todo romance de estreia tem elementos do autor intrínsecos ao enredo. Estaria mentindo se dissesse que não há nenhum elemento autobiográfico. Mas esse não é um livro sobre mim. Ele traz muitas histórias de outras pessoas que conheço também. Sempre fui muito observador, e faço terapia há 20 anos. Depois de um tempo, analisar se torna um hábito. Haruki Murakami costumava dizer que a escrita lhe abriu um mundo em que ele podia ser curioso, observar, e arquivar aquelas informações para eventualmente colocá-las num romance. Quase todas as pessoas que conheço, ao ler Mesa para dois, irão se identificar com alguma coisa. Todo mundo já passou por algo similar às questões do Nicolas em algum momento. E todo mundo tem uma relação afetiva com alguém ou alguma coisa - algo poderoso que já salvou ou ainda irá salvar essa pessoa. Meu livro tenta mostrar que, se vasculharmos as pequenas gavetas da nossa mente, encontraremos um poder de cura fortíssimo esperando ser invocado.


Seu livro fala sobre solidão, memórias e as pequenas tragédias das relações familiares. Como foi o desafio de tratar temas tão profundos de maneira sensível? 

O livro me fez passar por um processo profundo de reflexão. Sobre absolutamente tudo. Fiz algumas visitas ao fundo do poço, pra poder relatar as coisas da forma certa. Há um capítulo do livro que relutei para não cortar. São quatro ou cinco páginas que exigiram muita coragem pra escrever, e talvez exijam o mesmo para quem for ler. Mas achei que era justo respeitar a dor que tive que visitar aquela temática e conseguir colocar aquelas palavras ali. Meu maior receio era que o livro ficasse pesado, dolorido de ler. Por isso decidi pela narração em primeira pessoa, no tempo presente. O cinismo do protagonista, à medida em que as coisas vão acontecendo, procura trazer o leitor junto, e deixar a leitura leve. Espero ter conseguido transitar por tudo isso com leveza.


Você menciona que a música é um fio condutor em sua vida. Como isso se reflete na construção da história e no desenvolvimento do protagonista?

Quase todos os momentos marcantes da minha vida trazem uma trilha sonora com eles. Sou músico há 30 anos e, em 2024, escutei 730 horas de música. Estava sempre escutando enquanto escrevia. A música foi uma forma de me conectar com o protagonista, e de ir descobrindo junto com ele para onde a história estava indo. Nada mais justo, então, que colocar essas músicas no enredo. Nicolas escuta tanta música quanto eu. Mesa para dois tem uma trilha sonora própria e específica, com 87 músicas. 


Sua formação é em engenharia e você trabalhou como executivo no mercado de livros. Como foi essa transição para o universo da escrita?

Meus professores de Português e Literatura da escola ficaram ofendidos quando decidi fazer engenharia. Eu sempre gostei de escrever, mas depois do vestibular fiquei anos sem fazê-lo. Ler, então? Eu não lia nem Outdoor mais haha. Os caminhos curiosos que a vida tomam me fizeram chegar até o mercado de livros, e eu redescobri minha paixão. Passei a ler de uma forma meio frenética; sempre tenho uns três livros diferentes na minha cabeceira, outros dois no meu Kindle e uma meia dúzia de blogs e jornais pelo celular. Esbocei muitas coisas antes de Mesa para dois, mas todas elas eram livros de negócio ou blogs de opinião. Nunca pensei que teria a coragem ou determinação para escrever um romance. Tenho muita gratidão pelas pessoas desse mercado com quem pude trabalhar, e que tanto me incentivaram. 


O que os leitores podem esperar de Mesa para Dois? Qual sentimento ou reflexão você espera despertar em quem ler sua obra?

Acho que um livro honesto. As temáticas são tratadas com respeito, mas o protagonista não tem medo de mostrar os defeitos que tem - tão comuns em outras pessoas mas tão tensionados nos dias de hoje. Às vexes parece que a humanidade tem cada dia mais medo de ser humana. Espero que o livro possa inspirar os leitores a buscarem a sua essência, a cura para suas questões interiores. E, quem sabe, inspirar a colocarem suas histórias no papel. A solução específica para os problemas complexos de cada um tem muitas vezes um gatilho comum, humano. A humildade de visitar nossas dores em frente aos outros pode trazer benefícios absurdos para o interlocutor e o(s) receptor(es). Espero que o Nicolas mostre que, às vezes, é possível navegar pelos problemas com um pouco de humor, um pouco de cinismo, e muita música boa.


O livro conta com paratextos dos escritores Vanessa Passos e Bert Jr. Como foi a experiência de ter essas contribuições na sua estreia literária?

Acho que meu medo mais constante tem sido deixar os outros lerem aquilo que escrevi. Bert e Vanessa foram um dos primeiros a lerem Mesa para dois - e me sinto honradíssimo de ter seus blurbs no livro. Tenho muita admiração pelos dois e por seu trabalho. A Vanessa, especificamente, tem me assessorado em quase todos os aspectos do livro, desde o início. Contar com a companhia e auxílio de alguém que trafega tão bem nesse mercado que pode ser tão cruel às vezes… é uma grata oportunidade. 



Qual foi o maior desafio no processo de escrita e publicação do seu primeiro romance?

Sem dúvida, a edição. Depois que comecei, escrever era algo que simplesmente fluía. Combinei comigo mesmo que eu não julgaria o que estava escrevendo, que não esquematizaria antes de escrever. Quando cheguei ao manuscrito incial, sabia que tinha ali pelo menos 20% pra cortar. Contei com a ajuda da incrível Vanessa Ferrari, que fez a leitura crítica do meu livro e me deu um norte sem o qual eu não teria conseguido. O livro está “pronto” há mais de um ano. Levar a edição a sério e ter paciência em lapidar o texto é uma das coisas mais importantes e desafiadoras da autopublicação.


Para quem deseja conhecer mais sobre seu trabalho, há novos projetos literários a caminho?

Tenho dois projetos esboçados. O primeiro se ambienta no mundo profissional da Música. O segundo é uma possível continuação ou spin-off da história de Mesa para dois. Um deles está mais avançado, e eu gostaria muito de conseguir lançá-lo nos próximos 12 meses. Não sei se minha carreira no mundo corporativo, a agenda de shows com minha banda, e meu desejo incansável de participar de cada detalhe do crescimento dos meus filhos vai permitir. Mas prometi a mim mesmo que nunca mais vou parar de escrever. Convido a todos a me seguirem no instagram @denisamaral_autor.



O Livro será lançado na Livraria da Vila JK Iguatemi, no dia 07 de Abril às 18h30. Mas já está em pré-venda na Amazon. 


Livro: Mesa para dois

Número de páginas: 384 páginas

Preço: R$ 79,90

Onde encontrar: https://amzn.to/42fyaF9 





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